Grávida pode viajar de avião? Saiba tudo aqui!

Grávida pode viajar de avião? Saiba tudo aqui!

Viajar de avião durante a gestação é um assunto que ainda gera muitas dúvidas. Confira aqui quais são as recomendações nesses casos.

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É comum que as futuras mamães se preocupem com vários aspectos durante seu período de gestação. Afinal, todo cuidado é válido durante a gravidez e essa preocupação é totalmente compreensível. Considerando esse fato, muitas pessoas acabam se perguntando se grávida pode ou não viajar de avião.

As viagens aéreas estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, e com as gestantes isso não é diferente. A dúvida sobre a possibilidade dessas passageiras embarcarem é válida, uma vez que existem algumas regras e até riscos em uma viagem nestas condições.

Quer saber se grávida pode viajar de avião? Continue a leitura e saiba quais são os cuidados especiais e as políticas de cada companhia aérea sobre o assunto.

Mulher grávida pode viajar de avião?

Sim! Uma grávida pode viajar de avião sem o menor problema. A viagem, no entanto, só é indicada para aquelas que passam por uma gestação sem riscos e que estejam com a saúde em dia, assim como seu bebê.

Por padrão, mulheres grávidas podem viajar de avião durante o primeiro e segundo trimestres da gestação. Isso significa que até a 27ª semana em uma gestação normal ou até a 25ª semana em uma gestação de gêmeos, o voo poderá ocorrer sem nenhum problema para a passageira.

É importante lembrar que toda gestante deve consultar o médico que está acompanhando a gravidez antes de programar uma viagem. Cuidados extras podem ser requeridos se a mulher estiver passando por problemas com sangramentos, pressão alta, diabetes ou qualquer outro tipo de doença que exija maior atenção.

Viajar de avião grávida: quando não é indicado

A viagem de avião não é recomendada para gestantes nos três primeiros meses da gravidez. Isso porque, neste período é que ocorre a base para o bom desenvolvimento do bebê. É o que diz a médica obstetra Rosa Maria Ruocco, assistente da divisão de clínica obstétrica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

É neste período também que o risco de aborto espontâneo é maior. Os casos de aborto espontâneo nos primeiros meses de gestação costumam ser mais frequentes e podem ser explicados pela ciência.

O embrião é a soma do material genético da mãe e do pai. Por conta do material genético diferente no corpo da mulher, o sistema imunológico, em casos específicos, poderá tentar expulsar o feto, já que o considera como um corpo estranho.

Durante o primeiro trimestre a mulher também está propensa a ter mais sonolência, enjoos e outros sintomas que podem tornar a viagem mais desgastante que o normal. Este mal estar é causado por conta do corpo da futura mamãe estar se adaptando para o desenvolvimento do bebê.

Existem outros pontos que também podem impedir que uma grávida viaje de avião. Os principais impeditivos são doenças ou qualquer tipo de problema que possa colocar em risco a saúde da criança e da gestante.

A gestante sempre deve consultar seu médico antes de viajar, mas nas situações listadas abaixo, o risco da viagem pode ser maior. Confira as condições que impedem uma gestante de viajar de avião:

  • pressão alta;
  • diabetes normal ou diabetes gestacional;
  • sangramento de escape;
  • ter tido um parto prematuro anteriormente;
  • gestantes que tenham sofrido abortos espontâneos anteriormente;
  • doenças que exijam acompanhamento médico intensivo.

Existem também alguns casos clínicos que são causados pela própria gestação e podem impedir uma mulher grávida de viajar:

  • anemia severa;
  • anemia falciforme;
  • insuficiência placentária;
  • gestante estar propensa a formação de coágulos.

Nos casos descritos, a recomendação é que o voo seja feito somente em casos de extrema necessidade. E ainda assim, a gravidez pode sofrer com isso.

Viagens programadas de férias, por exemplo, devem ser adiadas se a gestante estiver enquadrada em alguma das situações acima.

Os médicos especialistas em gestação recomendam que as gestantes com condições normais de saúde também façam exames antes da viagem. Mesmo que elas não apresentem nenhum sintoma dos casos descritos, há riscos em qualquer tipo de viagem de avião.

Mulher grávida pode fazer uma viagem internacional? 

Não existe nenhuma regulamentação específica nos casos em que a grávida precisa viajar de avião para outro país.

Os cuidados recomendados são os mesmos para as viagens em território nacional. No entanto, é importante lembrar que uma viagem internacional é mais longa e desgastante para a gestante.

As mulheres grávidas geralmente têm mais vontade de urinar durante a viagem, por isso, ao comprar a passagem para esse tipo de viagem, é altamente recomendado que se escolha um assento que esteja próximo aos banheiros e que fique no corredor.

O assento no corredor traz mais comodidade à grávida durante a viagem. Além disso, também é importante considerar que, durante a gravidez, a gestante possui cerca de 50% a mais de quantidade de sangue circulante no corpo. Isso pode gerar um grande desconforto se ela permanecer muito tempo nessa posição.

Permanecer parada na mesma posição por muito tempo também aumenta a dificuldade do retorno do sangue venoso, causando inchaço geral. A recomendação nesses casos é que se utilize uma meia compressiva durante o voo.

Exercícios com as pernas durante o período em que a grávida permanecer sentada também são aconselhados, com o objetivo de melhorar a circulação. Se possível, a gestante também pode fazer caminhadas curtas durante o voo.

Por fim, devido à sua condição, as grávidas precisam se manter hidratadas constantemente. Esse detalhe também deve ser levado em conta durante um voo internacional.

Conheça as políticas de cada companhia aérea em relação às passageiras grávidas

Cada uma das companhias aéreas têm suas próprias orientações para passageiras grávidas. Logo abaixo, você pode conferir quais são essas regras nas principais empresas no Brasil.

Azul

A Azul permite que grávidas com até 29 semanas de gestação viagem sem apresentação de atestado médico ou Declaração de Responsabilidade, desde que esteja com a saúde em bom estado.

Entre a 30ª e a 35ª semana, a Azul já passa a exigir apenas a apresentação do atestado.

Entre a 36ª e a 38ª semana de gestação, além do atestado médico autorizando a viagem, a gestante também terá que apresentar a Declaração de Responsabilidade disponibilizada pela própria empresa.

A partir da 38ª semana de gravidez, o embarque da gestante na Azul só é permitido se o médico responsável pela gravidez puder acompanhar a grávida dentro do voo.

No caso de gêmeos, o atestado médico não é exigido até a 29ª semana. Entre a 30ª e a 31ª semanas, o atestado médico já é necessário. Já a partir da 32ª semana, é preciso apresentar a Declaração de Responsabilidade disponibilizada pela própria empresa.

Uma das exigências da Azul quanto à documentação é que o atestado médico autorizando a viagem da gestante tenha sido emitido com no máximo 7 dias de antecedência da viagem.

LATAM

A LATAM segue a mesma linha de exigências da Azul. Até a 29ª semana, a grávida poderá viajar sem apresentar atestado médico ou Declaração de Responsabilidade, desde que esteja em bom estado de saúde.

A partir da 30ª semana até a 35ª, para voar na LATAM, a gestante deverá apresentar no aeroporto um atestado médico autorizando a viagem. Esse documento deve estar assinado pelo médico responsável e ser entregue no balcão da empresa, no momento do check-in do voo.

Já entre a 36ª e 38ª semanas, o atestado deve ser enviado para a área médica da companhia aérea, por meio deste formulário. Não deixe de encaminhá-lo com até 48 horas de antecedência do embarque.

A exigência do prazo de emissão do atestado médico na LATAM é de até 10 dias anteriores à data do voo.

Neste atestado, no entanto, é necessário que conste algumas informações como:

  • parecer médico;
  • idade gestacional em semanas;
  • estimativa do nascimento do bebê;
  • origem e destino da viagem;
  • autorização de voo para a gestante;
  • tempo máximo permitido por voo;
  • datas e horários de embarque e desembarque;

Avianca

*Atenção: a Avianca teve falência decretada pela Justiça em 14 de julho de 2020. A empresa já não operava no país desde maio do ano anterior.

A Avianca permite que passageiras grávidas embarquem sem a apresentação de qualquer documento até a 27ª semana de gestação. No entanto, há a exigência do preenchimento de um termo de responsabilidade no momento do check-in.

Esse termo pode ser obtido no site da companhia aérea ou ser solicitado junto ao balcão da companhia.

Para grávidas que estejam entre a 28ª e a 35ª semana de gestação, o formulário de responsabilidade também é exigido, assim como o atestado médico, que deve ter sido emitido no máximo 7 dias antes da data da viagem.

No atestado médico há a exigência de constar algumas informações como:

  • provável data do parto;
  • idade gestacional;
  • declaração médica autorizando a grávida a viajar;
  • locais de embarque e desembarque.

A Avianca tem uma política mais exigente com as grávidas que estão na 36ª e 37ª semanas de gestação. Além do termo de responsabilidade e do atestado médico, também há a exigência da entrega do MEDIF.

Neste caso, o MEDIF precisa ser enviado para o e-mail da companhia com antecedência máxima de 72 horas do voo. O documento precisa estar digitalizado, sendo necessária a assinatura da gestante e do médico responsável.

A companhia aérea fará a análise do documento, e retornará dizendo se a viagem será permitida ou não para a gestante.

Na 38ª semana, a grávida só poderá viajar acompanhada de seu médico responsável, além de ter que entregar toda a documentação exigida (termo de responsabilidade, atestado médico e MEDIF).

Na 40ª semana, a companhia já não aceita passageiras nestas condições, por conta dos riscos implícitos nesta fase da gestação.

Gol

A Gol tem regras muito parecidas com a LATAM e a Azul:

  • até 27ª semana: voo permitido sem nenhuma documentação;
  • 28ª a 35ª semana: é necessário apresentar o atestado médico com validade de 30 dias;
  • 36ª e 37ª semana: além do atestado médico com validade de 30 dias, é necessária a Declaração de Responsabilidade, também com validade de 30 dias;
  • 38ª semana: acompanhamento do médico responsável mais a documentação exigida (Declaração de Responsabilidade e Atestado Médico).

Cabe lembrar que todas as orientações das empresas são baseadas em uma gravidez sem risco, onde a gestante esteja com a saúde em perfeito estado.

Para casos adversos, antes da compra da passagem, é recomendado que se consulte a companhia de interesse para verificar quais são os documentos e procedimentos para que a viagem ocorra sem problemas.

Seguro viagem para gestantes: como funciona

Existe uma modalidade de seguro viagem que é totalmente dedicada para as passageiras grávidas.

Nesse tipo de seguro, estão incluídas na cobertura a assistência médica, assistência farmacêutica, além de traslado médico e atendimento durante 24 horas por dia, 7 dias da semana.

Caso a gestante esteja em um voo internacional, esse atendimento é feito totalmente em português.

Por preços acessíveis, é possível fazer um seguro viagem para grávidas assegurando maior tranquilidade durante todo o voo e estadia.

É indicado verificar primeiramente com a companhia aérea escolhida para o voo se há esse tipo de seguro disponível para contratação pela empresa. Caso não tenha disponível junto à companhia aérea, a contratação de seguro de empresas especializadas nesse serviço é a solução.

Cuidados especiais para grávida viajar de avião

As grávidas precisam tomar alguns cuidados especiais para viajar de avião neste momento tão especial em suas vidas.

Abaixo, listamos algumas dicas do que ser feito para melhorar o conforto da viagem para as gestantes:

  • Ao viajar, usar roupas leves e confortáveis, que permitam uma movimentação fácil. É sempre importante lembrar que durante a gestação as mulheres podem sofrer inchaços inesperados, especialmente se a viagem for longa;
  • Sentar próximo a um banheiro, de preferência na poltrona do corredor para facilitar o acesso ao banheiro quando necessário;
  • Usar meias de compressão em viagens longas;
  • Se hidratar constantemente;
  • Manter em local de fácil acesso os números de telefone do médico responsável pelo acompanhamento da gestação;
  • Levar na bagagem de mão medicamentos que podem proporcionar maior conforto durante a viagem, evitando também que sejam perdidos caso a bagagem seja extraviada;
  • Descansar bem antes da viagem é essencial para uma experiência positiva;
  • Fazer uma refeição leve e equilibrada durante a viagem, para evitar os enjoos tão comuns, tanto na gravidez, como em viagens de avião.
  • A passageira grávida deve fazer exercícios durante o período em que estiver em seu assento, para melhorar a circulação do sangue;
  • Em viagens longas, a gestante é orientada a levantar e caminhar um pouco no avião, para que a circulação do sangue não sofra problemas.

É recomendado a uma mulher grávida viajar de avião somente em casos inadiáveis, pois essa situação sempre pode gerar mal estar e desconforto para a futura mamãe.

Nos casos em que a viagem seja inadiável, é recomendado seguir as recomendações médicas para que a experiência durante o voo seja a melhor possível.

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